segunda-feira, 5 de junho de 2017

SOMENTE A LUTA MUDA NOSSAS VIDAS

Carta Aberta
            O Brasil vive uma grave crise, resultado da política suicida de alianças inescrupulosas com os velhos políticos tradicionais e ao que há de pior no empresariado brasileiro. Emerge dessa mistura o governo ilegítimo do Temer, que indiscutivelmente está amarrado ao grande capital, aprofunda os ataques aos mínimos direitos dos cidadãos brasileiros. Nesse contexto, pretende que seja aprovada emenda constitucional (EC) para a reforma da previdência, que na prática condena a todos os trabalhadores a morrerem sem ter a aposentadoria, numa verdadeira volta a escravidão. Eis que a idade mínima será de 65 anos como na lei sexagenária. Não satisfeitos com a expropriação do direito a proteção social, agora, partem com tudo para a reforma trabalhista, onde ainda se encontram a maior parte dos direitos dos trabalhadores, como férias, jornada de trabalho, 13º, etc. propondo que prevaleça o negociado sobre o legislado, fortalecendo os pelegos dos sindicatos burocratas.
            Nesse mar de lama de denúncias de corrupção, alguns novos atores já se apresentam para demonstrar ao grande capital a sua subserviência e o seu desejo de substituir os velhos políticos, tornando-se novas oligarquias com práticas mais modernas de executarem a retirada dos direitos sociais do povo. Nessa direção, é muito claro para todos nós, o esforço que o governo municipal vem fazendo para se mostrar útil ao grande capital. Não foi a toa que a toque de caixa, as vésperas do natal, enviou e aprovou na câmara o início da reforma de nossa previdência, provocando a diminuição da remuneração dos servidores com o aumento da cota previdenciária. Cabe destacar que não houve apresentação de nenhum estudo atuarial que comprovasse a necessidade de adoção de tal medida. Lembrando que nos dois últimos anos do seu primeiro mandato, o senhor prefeito usurpou dos servidores, cerca de 50% dos percentuais previstos para recomposição das perdas inflacionárias daqueles períodos. Agravando ainda mais a politica de desvalorização dos servidores municipais, com a negativa de cumprimento da lei estatutária, cujos direitos, PCCS, GATS, TRIENIOS, deixassem de ser pagos. O que gera um passivo econômico absurdo a ser num futuro próximo suportado pela população face a irresponsabilidade administrativa desse governo.
            Demonstrando claramente o seu compromisso com setores atrasados e usurpadores do patrimônio público, o prefeito firmou convênios com Organizações Sociais, exaustivamente alvos de denúncias pelo Ministério Público, por mal uso de verbas públicas e ausência de transparência, sendo tal modelo amplamente rejeitado em diversas conferencias municipais de saúde. O reflexo dessa política atinge frontalmente os princípios do SUS (ausência de transparência e participação social) bem como reduz drasticamente os recursos para outros setores, ocasionando recentemente, cortes de serviços em toda a rede hospitalar consequentes de várias demissões e ausência de concurso público para a reposição de profissionais de saúde.
            Nós servidores sofremos o impacto imediato de tais medidas, pois além de mal remunerados, atuamos em condições precárias de trabalho, frequentemente sofremos agressões físicas e verbais pela insatisfação de usuários que procuram nossas unidades o que acumulativamente levam ao adoecimento físico e mental de nossos trabalhadores, culminando com inúmeros afastamentos.
             Portanto camaradas, conforme aprovação por unanimidade na assembleia geral do dia 10 de abril de 2017, aderimos a greve geral convocada para o dia 28 de abril, não é apenas pelos nossos mínimos direitos, mas sim pela possibilidade de ainda um dia existirem para as gerações futuras.             
  Somente a luta muda nossas vidas



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